sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

2012 – A grande transformação da Terra


Estamos vivendo o fim dos tempos.
Não o fim do mundo, mas o fim de uma era mundial – um ciclo temporal de 5.125 anos – e de como conhecemos o mundo ao longo do tempo. A era atual começou em 3144 AEC (Antes da Era Comum/Cristã) e terminará em 2012 EC (Era Comum/Cristã). Como o início de qualquer coisa marca o início do que vem depois, estamos também vivendo o início do que se segue ao fim dos tempos: a próxima era mundial, que as tradições antigas denominavam o grande ciclo.
 Do Mahabharata, os poemas épicos da Índia, ás tradições orais dos indígenas americanos e à história bíblica do Apocalipse, os que vieram antes de nós sabia que o fim dos tempos estava vindo. Sabiam por que ele sempre vem. A cada 5125 anos, a Terra e o nosso sistema solar alcançam uma jornada pelo universo que marca o fim precisamente de tal ciclo, como vimos no post anterior. Com esse fim uma nova era mundial começa. Ao que parece sempre foi assim.
Em pelo menos quatro desses ciclos (ou cinco, de acordo com as tradições mesoamericanas dos povos astecas e maias), os nossos ancestrais enfrentaram as mudanças no clima e nos campos magnéticos globais, a diminuição dos recursos e a elevação dos níveis do mar que acompanham o fim dos tempos. Eles o fizeram sem satélites, sem a internet e sem modelos computacionais que os ajudassem a se prepara para essa mudança radical.
O fato de terem vivido para contar a história é um testemunho poderoso e inegável: ele nos diz, além de qualquer dúvida razoável, que os habitantes do nosso planeta sobreviveram ao fim das eras mundiais do passado. Além de simplesmente sobreviver, os nossos ancestrais aprenderam com as dificuldades que podem acompanhar a mudança. Nas palavras de sua época, fizeram o máximo possível para nos contar o que significa viver um momento tão raro da história. Fizeram muito bem, já que esses eventos são poucos e espaçados. Só cinco gerações nos últimos 26.000 anos passaram pela mudança das eras mundiais. Seremos a sexta, pela contagem Maia.



21 de Dezembro de 2012
A presente era mundial não é algo que desaparecerá em algum lugar “lá” no futuro. Muito pelo contrário: a nossa era mundial tem uma data de expiração. Termina num momento específico, em um dia que foi marcado no calendário há mais de 2000 anos. Essa data não é segredo. Os maias que as calcularam deixaram registros permanentes para as gerações futuras: a data está gravada em monumentos de pedra que foram construídos para durar até o fim dos tempos.
Usando o formato do antigo calendário de Contagem Longa – o sistema de medição do tempo que os Maias desenvolveram para períodos extremamente longos -, o último dia da presente era mundial está escrito como um código em cinco partes. De acordo com esse código, o calendário Maia situa a data final da nossa era em 13.0.0.0.0.
Quando a data é traduzida para o nosso sistema temporal, a mensagem fica clara. Ela nos diz que o presente ciclo mundial terminará com o solstício de inverno (no hemisfério norte e de Verão no hemisfério sul) de 21 de dezembro de 2012. É nessa data que os misteriosos Maias identificaram os assombrosos eventos astronômicos que marcarão o fim da nossa era... o que fizeram há mais de dois milênios.
Para fazer uma idéia melhor de como é raro o fim de um desses ciclos, considere que os últimos humanos a testemunhar a passagem de uma era mundial para a seguinte viveram no anos 3113 AEC, uns 1.800 anos antes da época de Moisés e do Êxodo Bíblico.




O novo significado do fim dos tempos
Só recentemente os cientistas modernos reconheceram o significado de uma era mundial. Embora a contagem regressiva para o fim dos tempos esteja profundamente gravada na nossa psique inconsciente (é universal a sensação de que algo está “para acontecer”), as condições que isso acarreta só agora estão sendo reconhecidas pelas disciplinas científicas, da geologia e da oceanografia à astronomia e à climatologia.
Parece que os cientistas demoraram tanto para aceitar o significado de 2012 por causa da tecnologia, ou da falta dela. Faz só 60 anos que temos computadores, satélites e equipamentos de captação remota capazes de verificar a conexão entre o fim de uma era mundial e as mudanças que isso acarreta para nossa vida. O clima mundial, os padrões de guerra e paz e até mesmo a nossa relação com os Deuses e o nosso universo, tudo isso parece ser diretamente influenciado pelas mudanças planetárias que estão sendo documentadas agora pela melhor ciência de hoje.
Assim como estamos alertando as gerações futuras sobre a nossa experiência com armas nucleares no século XX e com o aquecimento global, as civilizações do passado nos alertaram sobre a sua experiência com o fim dos tempos. Depois de viver o fim do último grande ciclo de sua época, os habit6antes da Terra fizeram o que os humanos costumam fazer depois de um evento de proporções épicas que transforma o mundo para sempre: registram os acontecimentos para as gerações futuras. Com isso, garantiram que saberíamos o que esperar e como nos preparar. E os nossos ancestrais o fizeram a partir de sua experiência.
Há mais de 51 séculos, os nossos ancestrais fizeram o melhor ao seu alcance para nos advertir sobre o que sabiam que seria uma era de transição radical em um futuro que só podiam imaginar em sonhos. Essa era é agora. Entender a sua mensagem é entender a nossa jornada pelo espaço e pelo tempo. Tudo tem a ver com os ciclos.
É da própria natureza de um ciclo se repetir. Por definição, o fim de um é sempre o começo do seguinte. Aqui, a chave é que, para chegar ao começo do que é novo, o ciclo tem que passar pelo fim do que existe. Embora essa natureza periódica dos ciclos seja óbvia na pequena escala das coisas, como as estações do ano e as fases da Lua, nem sempre é tão óbvia quando estamos falando de ciclos cósmicos de sistemas solares que se deslocam pela galáxia.
É aí que entra a mensagem dos nossos ancestrais Maias. Eles identificaram a natureza dos ciclos temporais muito antes da ciência descrever a nossa jornada pelos céus. Seus observadores do tempo preservaram o que sabiam e incorporaram o seu conhecimento em histórias sobre o universo e a vida: descrições não científicas de criação e destruição, nascimento e morte, começos e fins – descrições que se mantêm até hoje. Embora as particularidades a respeito do fim dos tempos variem conforme as tradições, as culturas e as crenças religiosas, há um tema comum que parece percorrer todas elas. Quase universalmente, as previsões antigas sobre nossa época na história descrevem uma era cheia de “escuridão” épica.
Dos registros hindus dos Yugas à Contagem Longa dos Maias, que indicam os dias restantes do grande ciclo atual, o término da nossa era foi antecipado como um tempo de guerras, sofrimentos, excesso de desigualdade. Embora pareçam agourentas, essas descrições têm um lado bom: embora a escuridão pareça necessária, parece também que é breve.
Todos sabemos da existência de experiências escuras em nosso mundo e não precisamos procurar muito longe para encontrá-las; no entanto, a vida não é só o sofrimento que os antigos previram – há muito mais. Até mesmo neste tempo de grande escuridão, as polaridades de paz, cura, amor e compaixão são vivas e abundantes.
Nossos ancestrais tinham uma compreensão incrivelmente profunda do que significa em múltiplos níveis a nossa experiência de ciclos cósmicos. De alguma forma, sabiam que a posição da Terra no céu afetaria as condições físicas do nosso mundo, assim como as experiências emocionais e espirituais necessárias para aceitá-las. Através de mitos, analogias e metáforas, eles nos dizem que quanto mais nos afastamos da fonte dessa energia poderosa, mais penetramos na escuridão e mais nos desarmonizamos com os campos que influenciam a vida aqui na Terra. Segundo muitas tradições, dos Hopis aos antigos Vedas, é dessa experiência de separação que vem a sensação de estarmos perdidos também.
Nossos Ancestrais avisaram que, no ponto mais distante do nosso ciclo, esqueceríamos quem somos – nossa ligação uns com os outros e com a Terra. Disseram que esqueceríamos o passado. É o temor gerado por tais sentimentos que levou ao côas, á guerra e á destruição no fim dos ciclos passados.




Uma história quase inacreditável
Quando compreendemos o que significa a escuridão do nosso ciclo e por que ela é necessária, começamos a ver os grandes desafios da nossa época sob uma nova luz. Sob essa luz, o nosso momento na história e a nossa resposta ás mudanças correspondentes adquirem um novo significado. Com essas idéias em mente, fica ainda mais claro que o momento atual é o melhor para atravessar esse ciclo.
A razão é que o momento atual é a primeira vez que temos a compreensão, a necessidade e a tecnologia para chegar ao âmbito de todas as possibilidades e escolher o tipo de futuro que surgirá do caos do presente. Isso é algo que teria sido impossível até mesmo há cinqüenta anos.
Examinando de perto as histórias e os registros que chegaram a nós depois de 250 gerações, fica óbvio que aqueles que passaram pelo fim da última era mundial fizeram um grande esforço para nos dizer exatamente o que essa experiência significa. Encontramos os frutos desse esforço preservados para nós nos seus templos, textos, tradições e culturas.
O que esse momento raro na história astronômica significa na vida atual? A verdade é que ninguém sabe ao certo. Não sabemos, porque ninguém que esteja vivo hoje tem experiência direta da última vez que uma coisa assim aconteceu. O que temos, porém, são bons indicadores do que podemos esperar. Temos fatos.
Quando casamos os fatos da ciência atual com a sabedoria e os registros históricos do passado, descobrimos uma história quase inacreditável. É a história de uma jornada – a nossa jornada – que começou há tanto tempo que levou mais de 256 gerações e cinco milênios para chegar ao fim. Depois de tanto tempo, descobrimos que o fim é na verdade o começo de uma nova jornada.
Talvez o poeta e visionário T.S. Eliot seja quem melhor enunciou a ironia do fim ser um começo:

“Não deixaremos de explorar
   E o fim de tanta exploração
   Será chegar aonde começamos
   E conhecer o lugar pela primeira vez.”

Extraído e adaptado de O Segredo de 2010, Grehh Braden, Ed. Cultrix


Todas as faces da Lua, todos os anos, todos os dias e todos os ventos chegam a seu termo. Medido está o tempo em que podemos fruir a benevolência do Sol. Medido está o tempo em que as estrelas, lá do alto, vão nos contemplar.
-Popol Vuh, mito da criação dos Maias Quíchua





Fonte do presente Post: Almanaque 2012, Ed. Pensamento

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