sábado, 21 de janeiro de 2012

Baba Yaga - A Senhora da Morte

BABA YAGA - A Senhora da Morte




Deusa selvagem eslava do nascimento e da morte, que viaja por aí montada num almofariz,tendo um pilão como leme. 
Tinha uma vassoura que era para apagar seus rastros, evitando ser encontrada. 

Seus modos são impetuosos e selvagens, profundos e penetrantes, e podem ser interpretados como trituradores do que era exterior. A casa de Baba Yaga apóia-se em pés de galinha enormes e fica dançando e ajudam a viajar por outras florestas. A origem dessas "pernas de galinha" é de fácil dedução: muitos caçadores siberianos mantinham suas casas erguidas em bases de tronco, assim poderiam evitar a invasão de animais perigosos. Construções similares, mas menores, foram usadas por Siberianos pagãos para segurar figuras de seus deuses. Recordando o falecido matriarcado entre os povos da Sibéria, uma imagem comum de uma boneca de osso esculpido em trapos em uma pequena cabana no topo de um toco de árvore se encaixa uma descrição comum de Baba Yaga, que mal cabe sua cabine: as pernas ficam em um canto, a cabeça em outro, e seu nariz é colocado no teto. 

Há indícios de que os eslavos antigos tinham uma tradição funeral de cremação em cabanas deste tipo. Em 1948, arqueólogos russos Yefimenko e Tretyakov descoberto semelhante pequenas cabanas com traços de cremação de cadáveres e cercas circular ao redor deles;. Isto pode ser uma conexão com o mito Baba Yaga, a senhora da Morte.



 A casa de Baba Yaga era conectada com três cavaleiros distintos: o primeiro, branco, cavalgando um cavalo branco, se chamava Dia; o segundo, vermelho, com um cavalo vermelho, se chamava Sol; e por fim o terceiro, negro, também com sua montaria negra, chamado Noite. Fora eles, a casa possuía servos invisíveis. Algumas lendas dizem que para adentrar a casa era necessária uma frase mágica, que acredita-se ser: “Vire as costas para floresta e tua frente para mim.”

 Seu tempo de morte era o outono, pois era a energia vital presente no grão colhido. Na Rússia, essa deusa foi transformada numa feiticeira que vivia no âmago da floresta e comia crianças.
Era uma bruxa bem velha, com nariz de gancho, muita magra a ponto de seus ossos serem salientes, olhos chamuscados como carvão em brasa e com cabelos de cardo saindo do seu crânio.

Baba Yaga, era considerada uma deusa perigosa, pois muitas vezes aparecia como uma pessoa cruel, mas outras como uma pessoa boa que veio para auxiliar. Assumindo sua forma má, ela tinha o costume de caçar homens de personalidade ruim. Esses eram levados mortos para sua casa e lá eram revividos por ela para serem devorados! Seus ossos eram utilizados como vedação externa para sua casa e seus dentes eram usados na fechadura da porta. No panteão eslavo era tratada como deusa da Morte e tinha como lado masculino a criatura Koshchei, O Sem Morte. Baba Yaga não é portadora de uma lenda única, pois aparece em várias histórias.

Uma delas é a lenda russa que se segue. Espero que gostem:


Baba Yaga e Lubachka



Havia um homem cuja mulher morrera e deixara uma pequena filha chamada Lubachka. O pai de Lubachka amava-a ternamente, mas, como era mercador, ele freqüentemente viajava para longe. Em uma dessas viagens, ele encontrou uma bela mulher e casou-se com ela, esperando que ela se tornasse uma segunda mãe para a menina.

A nova mulher era gentil com a menina quando o pai estava por perto, mas secretamente a odiava, e a maltratava quando ele estava viajando. Finalmente, decidiu livrar-se de Lubachka de uma vez por todas. Ela ordenou que a menina fosse até a floresta para visitar a irmã da madrasta, para pedir emprestada uma agulha especial que usaria para costurar uma camisa para a pequena.

Isso pareceu suspeito a Lubachka, então ela concordou em ir, mas primeiro foi visitar sua tia, irmã de sua mãe morta. Sua tia disse à garota que ela estava indo visitar a Baba Yaga, uma horrível bruxa que comia crianças. Como havia prometido ir, ela devia ir, mas sua tia daria tudo que ela precisaria para sobrevirer. Assim dizendo, deu a sua sobrinha uma fita vermelha, uma garrafa de óleo de girassol, uma fatia de pão fresco e um pedaço de presunto. Então Lubachka continou seu caminho.

Finalmente, ela chegou à casa da Baba Yaga, uma isbá que dançava no alto de duas pernas de galinha gigantes. Em torno da casa, havia uma cerca de ossos humanos, e no alto de cada uma havia uma caveira. Lubachka se aproximou da casa, que parou de dançar para deixá-la entrar. Do lado de dentro, ela encontrou a velha feiticeira trabalhando num tear, e era tão terrível quanto sua tia dissera.

Lubachka disse à feiticeira por que fora a sua casa, e Baba Yaga sorrira, mostrando seus dentes de ferro, e disse que ia buscar a agulha. Um grande gato sentou-se na frente da menina mantendo um olho nela, e, enquanto isso, Baba Yaga mandou sua criada preparar um banho para Lubachka, para que ela estivesse bonita e limpa quando a bruxa decidisse comê-la. Ouvindo isso, Lubachka percebeu que teria de agir rápido. Ela subornou a criada, para que jogasse fora o fogo sob a água, dando a ela um lenço. Subornando o gato com o presunto dado por sua tia, Lubachka descobriu que o pente e o cobertor da bruxa eram mágicos e poderiam ajudá-la a fugir. Apoderando-se deles, ela escapou da isbá, e quando os cães que estavam no pátio saíram atrás dela, Lubachka atirou-lhes o pão fresco, e eles a deixaram passar. Quando alcançou o portão, ele começou a fechar-se, mas a menina pôs óleo em suas dobradiças, e ele abriu-se de novo. Finalmente, as bétulas do portão tentaram agarrá-la com seus galhos, mas Lubachka usou a fita de sua tia para amarrá-las uma na outra.

Quando a Baba Yaga voltou para ver a garota, percebeu que ela havia fugido. Ela acusou o gato de traí-la, mas o gato respondeu que, em todos os anos em que vivera com a bruxa, ela nunca dera a ele mais que um osso, enquanto Lubachka dera-lhe um pedaço de presunto. Baba Yaga correu pelo pátio e viu os cães comendo o pão contentes, e começou a repreendê-los, mas eles responderam o mesmo que o gato. O mesmo aconteceu com o portão, as bétulas e a criada. Baba Yaga apenas ralhava ou abusava deles, mas Lubachka dera-lhes presentes, por isso eles a deixaram passar.

Baba Yaga começou a caçar a garota, mas Lubachka atirou o cobertor, e ele se tornou um largo rio que a feiticeira não podia cruzar. A bruxa voltou com seus bois, que beberam o rio até que ficasse seco, e então ela recomeçou a caçada. Dessa vez, Lubachka atirou o pente, que se tornou uma floresta densa, tão densa que os dentes de ferro da Baba Yaga não podiam mastigá-la. Derrotada, a bruxa voltou para casa.

Quando a menina chegou em casa, percebeu que seu pai havia retornado para casa e estava sentado para o jantar. Freneticamente, Lubachka contou a ele tudo que acontecera, e seu pai ficou furioso. Ele perseguiu sua mulher até a floresta, onde os lobos a morderam até ficar em frangalhos. Então ele e Lubachka viveram felizes para sempre.


Espero que tenham gostado!!! Que Baba Yaga esteja com vocês!!! (Só espero que ela não resolva devorá-los...)


Um Grande Abraço de seu Amigo


                                              Raphael Convoitise






Um comentário:

  1. Muito boa essa história!!!Só não gostei do "felizes para sempre!!"rsrsrs
    Baba Yaga...Esse nome vai ficar na cabeça,pois nunca tinha ouvido falar!!Mas a floresta sempre é fonte de história interessante para contar...e agora conheço mais uma!A deusa da morte Baba Yaga!!!abraço felipe,estou seguindo o blog com satisfação!!!

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