quarta-feira, 18 de abril de 2012

O que são Formas-Pensamento?

O que são Formas-Pensamento?


Forma-pensamento é um termo usado para explicar uma forma de energia que pode ser manifestada através de esforços psíquicos de uma pessoa ou um grupo delas.



Formas-pensamentos nada mais são, como o próprio nome sugere, que um pensamento que adquiriu forma física, muitas vezes visível e suavemente táteis a outrem. A crença na forma-pensamento existe em muitas culturas, especialmente na Ásia Central e do Sul, como o Butão, Nepal, China, Índia e Mongólia. Regiões que acreditam em práticas xamânicas também têm suas versões dessas formas-pensamento. Na Austrália, existem práticas com formas-pensamento que se originaram de tribos aborígenes. Em nativos americanos nos Estados Unidos, o Cherokee também se trata da  capacidade espiritual para criar formas-pensamento.

O budismo tibetano é uma religião que está fortemente enraizada na meditação e na compreensão da energia vital. Todos os organismos vivos possuem a energia da vida, é forte em alguns organismos, e fraco em outros. Através da prática correta e meditação, os humanos podem aprender a perceber esta energia com todos os seus sentidos, e em alguns aspectos, pode ser capaz de controlá-lo. Os esforços coletivos de um grupo pode produzir mais dessa energia, em comparação a um único indivíduo. 


A essência da Tulpa tibetano reside na capacidade humana de realizar pensamento. Através de foco e concentração, o que é apenas espiritual ou invisível pode se manifestar em uma forma física. Os tibetanos acreditam que uma Tulpa é um fantasma ou aparição de uma pessoa viva, existentes no mundo etérico ou espiritual. Como uma pessoa QUER que a Tulpa exista, ela tem a possibilidade de ser vista por outras pessoas.Tulpas podem estar nas formas de animais, criaturas míticas, e também de seres humanos. Há relatos de pessoas que praticam estas visualizações, e foram capazes de tirar fotos digitais de si mesmas com suas tulpas.

Os relatos mais notáveis de criação de formas-pensamentos, são os de origem tibetana. Onde são chamadas de “fantasmas de estimação” (tradução grosseira para Tulpa). O relato mais famoso, e autêntico de que se tem registro é o da tulpa criada por Alexandra David-Néel, uma jornalista e cantora de ópera  francesa, que decidiu sair pelo mundo em busca de conhecimento e “aventuras”.
Alexandra David-Néel

Numa dessas viagens facinou-se pelo Tibet e lá ficou por anos, tendo sido a primeira mulher ocidental a visitar Lhasa.Graças a ela conhecemos muito da filosofia e ritos orientais.

Uma das muitas técnicas místicas que ela estudou foi o de criação Tulpa, que de acordo com as doutrinas tradicionais tibetanas, é uma entidade criada por um ato de imaginação, numa comparação um tanto quanto esdrúxula são um pouco como as personagens de ficção de um romancista, exceto que tulpas não são escritas ou desenhadas, mas somente imaginadas. David-Neel ficou tão interessada no conceito que ela decidiu tentar criar uma. 


O método envolvido era essencialmente concentração intensa e visualização. A  Tulpa de David-Neel começou sua existência como um gordo monge bochechudo e bondoso. A princípio, foi totalmente subjetivo, mas gradualmente, com a prática, ela foi capaz de visualizar o Tulpa lá fora, como um fantasma imaginário sobre o mundo real.

Em tempo, a visão cresceu em clareza e substância, até que fosse indistinguível da realidade física, uma espécie de auto-indução de alucinação. Mas chegou o dia quando a alucinação escorregou de seu controle consciente. Ela descobriu que o monge iria aparecer de vez em quando, quando ela não tivesse desejado isso. Além disso sua figura simpática pouco a pouco foi emagrecendo e assumindo um aspecto distintamente sinistro.



Eventualmente, seus companheiros, que se desconhecem as disciplinas mentais que ela estava praticando, começou a perguntar sobre o "estranho" que tinha aparecido em sua indicação,ficou, então,claro que a criatura não era mais a imaginação de Alexandra, mas sim tinha se solidificado na realidade objetiva e definida.

Neste momento, David-Neel percebeu que as coisas tinham ido longe demais e aplicou técnicas lamaístas diferentes para reabsorver a criatura em sua própria mente. O Tulpa revelou-se muito resistente para enfrentar a destruição dessa forma de modo que o processo demorou várias semanas e deixou sua criadora esgotado.
Alexandra e sua Tulpa

Os diversos relatos que se tem de Tulpas, não possuem finais felizes. A tulpa é um ser astral, porém sem a Alma propriamente dita, o que abre uma brecha para que outros seres possam habitar as formas-pensamentos, ou simplesmente estas ultimas podem adiquirir vontade e características próprias que nem sempre são boas. Eu, e mais uma dezena de estudiosos de formas-pensamentos acreditamos que, na maioria dos casos, as formas pensamentos são ocupadas, quando atingem o auge de sua força e forma material, por larvas astrais, o que ocasiona o comportamento indesejado e de tendências ao Baixo Astral.

Cabe ressaltar que, as Tulpas, não são nem de longe as únicas formas-pensamento existentes. Há uma variedade de outras. Um outro exemplo são os familiares criados através do mesmo princípio de meditação e visualizações e as egrégoras. As egrégoras não possuem uma forma definida, são como uma espécie de nuvem criada pelo pensamento coletivo e situam-se em lugares de convivência social ou privada. As egrégoras seriam como a “vida” de um ambiente, a energia que soa no mesmo timbre das pessoas que habitam ou freqüentam aquele lugar. É uma forma-pensamento formada de forma geralmente coletiva e inconsciente.

Posteriormente farei um post especialmente voltado para egrégoras e como podemos estabiliza-las ou criá-las. Já no próximo post colocarei um fragmento do obra de Alexandra David-Néel, Magia e Mistério no Tibet, mais precisamente do capítulo no qual ela narra sua experiência com sua Tulpa-Monge ‘Gorducho’ como costumava chamar.


Até a Breve amigos,

                                        R.R.L.Convoitise

3 comentários:

  1. Onde está o "proximo post" que vc prometeu?

    rsrsrsrs
    estamos no aguardo!

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    1. Olá naws, obrigado por cobrar um outro post. Na verdade já há muito que parei de publicar no blog, sabe? Tive alguns problemas e talz. Mas fico feliz por ter acompanhado este post. Ainda ando um tanto conturbado com pequenos problemas em grandes quantidades.Mas, eu espero que por estes dias eu volte a publicar. E começarei exatamente de onde vc me cobrou, i.e., de onde parei. Muito obrigado e seja sempre bem vindo ao Circulus Paganus.

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  2. E aí, e o próximo post? hahaha

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