quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O (NÃO) SABER






Depois de pouco mais de um mês sem posts novos, devido a inúmeros fatores, volto hoje a escrever.
Volto com uma questão que mexeu comigo: o (Não) Saber.

Você alguma vez já se sentiu envergonhado por não saber de alguma coisa?
De repente em uma conversa de amigos, surge um determinado tema sobre o qual você não tem conhecimento, e isso na maioria das vezes, te deixa um tanto desconfortável em relação ao assunto e aos amigos. Algumas vezes você pode tentar fingir que sabe do que estão falando e, mesmo que pouco, tentar interagir na conversa.
Mas será que você já pensou na possibilidade de dizer: ‘Eu não sei’?

Eu, por exemplo, não sei muita coisa: Não domino muito bem outros idiomas, não conheço profundamente muitas culturas o tanto quanto eu gostaria, não sei fazer um monte de coisas que se fosse para citar aqui, teríamos uma lista infinita que aumentaria todas as vezes que eu me desse conta de mais uma coisa que eu simplesmente não sei.


Não sei do que se trata aquele livro do qual todos estão comentando, por que eu ainda não li.
Não sei se aquele filme é bom, por que eu ainda não assisti.
Não sei se aquele prato é bom, por que ainda não experimentei.
Não sei a história de vida daquela pessoa, por que eu não conheci.


Há tanta coisa que não sabemos!


E, na verdade, não somos ‘obrigados’ a saber. Levamos pelos caminhos da vida aquilo que nós aprendemos, e nossos caminhos são diferentes. Mas, isso, espero que o leitor tenha compreendido quando disse que não somos ‘obrigados’ a saber, não quer dizer que devamos morrer sem ao menos tentar conhecer as coisas das quais nos são faladas. Perdoem-me o termo que irei usar mas, não ser ‘obrigado’, não quer dizer que devemos viver na ignorância.


É preciso coragem e dizer: ‘Não, eu não sei.

E ainda: ‘Eu não sei, mas você pode me explicar?’


E é assim que nós vamos ganhando conhecimento.


Ninguém é tão sábio que não possa aprender uma nova lição, assim como ninguém é tão ignorante que não possa ensinar algo a outrem.
Sempre temos algo para passar adiante e, principalmente, para aprender, ao ouvir o que outras pessoas tem a nos dizer.


A maior parte das coisas que eu sei, foi o que eu vivi. Vem da minha experiência de vida, e essa ‘experiência de vida’ que eu adquiri, vem das perguntas que eu fiz e não necessariamente daquilo que aprendi no colégio.
Foram coisas que aprendi com pessoas ‘comuns’, que na maioria das vezes não tinham um título de mestre ou doutor, mas que são mestres que adquiriram conhecimento ao longo de suas vidas.


 Tudo o que precisei fazer para aprender com estes mestres da vida cotidiana, foi apenas perguntar, e muitas vezes dizer: EU NÃO SEI.
Meu Grande Companheiro (e também Mestre da Vida), Pallas, sempre diz que o mais importante da vida não são as RESPOSTAS e sim as PERGUNTAS. São as perguntas que movem o mundo. Este é um ensinamento inegavelmente verdadeiro e válido.

O simples fato de perguntar, abre portas para novos caminhos, novas amizades, abre a nossa mente para coisas que muitas vezes nem imaginamos que existem e o quão fundamentais e úteis podem ser na nossa vida e nas de quem nos rodeia.
Saber de Tudo é algo que nós nunca vamos conseguir mesmo, isso é fato, mas isso não nos impede de buscar incessantemente pelo conhecimento e, portanto novos horizontes.
Existe um provérbio cuja sabedoria se aplica exatamente ao post de hoje:

“Quem pergunta é tolo por cinco minutos, mas quem se cala é tolo para sempre.”

O Não Saber pode ser algo formidável!!! Não é algo limitante e sim uma abertura para novos conhecimentos.


Pense, reflita, fale, PERGUNTE!
Mas, sobretudo, aprenda algo tão importante quanto o Questionar, aprenda a OUVIR!

Um Abraço a todos, e um excelente dia!

                                  Raphael Convoitise - ABSYNTHE





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